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Com medo de inflação, governo estuda restringir crédito

domingo, 23 de março de 2008 Leave a Comment

Estimulado por medidas do governo, consumo de famílias vem crescendo há quatro anos. Restrições devem começar por financiamentos; carros devem se limitar a 36 meses.

O governo teme que o consumo em alta provoque aumento da taxa de inflação e por isso estuda medidas para restringir o crédito.

O sinal de alerta veio do aumento do consumo das famílias. Ele vem crescendo há quatro anos, estimulado por medidas adotadas pelo governo. Nos últimos meses, acelerou, principalmente por causa do crédito fácil. O aumento do consumo das famílias é bom, a economia cresce, as empresas investem e criam mais empregos. Mas há um risco: se o consumo aumentar rápido demais, as indústrias podem não dar conta de atender a todos os pedidos e isso pode levar a uma alta de preços - o que pode trazer de volta o fantasma da inflação.

“Quando você tem um excesso de consumo, certamente que em um determinado momento isso vai impactar de uma tal forma que vai começar produzir inflação na economia. E isso acaba não sendo benefício para a sociedade”, diz o professor de finanças públicas da UnB, José Matias Pereira.

Banco Central já trabalha com essa possibilidade. Na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o BC avisou que pode aumentar os juros. Mas, para não interromper o ritmo de crescimento da economia, o Ministério da Fazenda estuda medidas para segurar o consumo.

A restrição deve começar pelo financiamento de automóveis. As prestações devem ser limitadas em 36 meses.

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