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Grendene tem o maior lucro de sua história

sexta-feira, 14 de março de 2008 Leave a Comment

14.03.2008
Empresa ganha R$ 258,6 milhões em 2007, apesar da queda no consumo de calçados

EXAME A Grendene obteve em 2007 o maior lucro líquido de sua história: 258,6 milhões de reais. O resultado é apenas 1% superior ao registrado em 2006, mas evidencia a capacidade da empresa de enfrentar momentos de adversidade. No ano passado, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o consumo de calçados no Brasil recuou 2,99%.

De acordo com a empresa, um dos fatores que possibilitaram o bom resultado foi o aumento de 27,2% nas exportações, apesar do câmbio desfavorável. Com isso, a participação das exportações na receita bruta no quarto trimestre subiu de 12,2% em 2006 para 13,7% no ano passado. Enquanto a companhia conseguiu elevar seus preços no mercado externo em 0,3%, no mercado interno a estratégia foi baixá-los. Nos três últimos meses de 2007, seus produtos foram comercializados a um valor 6% menor que no mesmo período de 2006, permitindo um crescimento de 21,1% nas vendas. A decisão, para a corretora Fator, “se mostrou correta na medida em que a empresa aumentou o volume (de vendas) de forma significativa, diluiu custos e despesas e manteve margem Lajida (lucro antes de juros, imposto de renda, amortização e depreciação) num cenário desfavorável em termos de custos”.

A estratégia foi eficiente não só para reduzir o impacto do câmbio sobre os negócios, mas também para mitigar o reflexo negativo da disparada do petróleo no mercado internacional. Como a empresa utiliza resina PVC (cloreto de polivinila), derivada do petróleo, na fabricação de seus calçados, cerca de 25% de seu custo de produção está atrelado ao preço da commodity. Com ganho de escala e redução de custos, a companhia conseguiu faturar 1,5 bilhão no ano passado, 9,8% a mais que no ano anterior.

Os resultados acima do esperado estão provocando alta nas ações da companhia na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao meio-dia, os papéis eram comercializados a 19,40 reais, valorizados em 0,51%.

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