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Geração Futuro cria banco de investimento

segunda-feira, 19 de maio de 2008 Leave a Comment

Jornal Valor Econômico - Sérgio Bueno, de Porto Alegre
16/05/2008

A Geração Futuro apresentou oficialmente ontem o seu recém-criado banco de investimentos como parte de uma estratégia para ampliar o número de clientes, elevar o volume de recursos administrados e diversificar os veículos de investimentos. A instituição nasce com participação relevante em cerca de 25 grandes empresas de capital aberto e um patrimônio de R$ 7,1 bilhões herdados da corretora que a partir de agora se encarregará apenas das operações de compra e venda de ações.

Segundo o sócio e diretor Edmundo Valadão Cardoso, o banco estuda a estruturação de fundos de "small caps" para investimentos temporários em empresas de baixo valor de mercado e bom potencial de valorização. Outra novidade deverá ser a realização de operações de "private equity" em empresas emergentes de capital fechado ou já listadas na Bovespa, explica o também sócio e diretor Wagner Salaverry.

Ainda não há prazos para o lançamento dos novos produtos. Mas um princípio que já era praticado pela corretora enquanto ela acumulava as funções de gestora de recursos e que não será abandonado pelo banco é o de ser apenas um "acionista influente", sem ingerência nos negócios das investidas, diz Cardoso. A coordenação de emissões de ações ou bônus de empresas está descartada por enquanto porque a maior parte dos investidores que aderem a essas ofertas está no mercado internacional.

Os fundos de "small caps" poderão incluir mecanismos para facilitar a venda de participações de pequenos cotistas, interessados em aplicações de curto prazo, para outros integrantes do próprio grupo e, segundo Cardoso, entre as candidatas a receber esses investimentos aparecem companhias como Marcopolo, Fras-le, Satipel, Cardsystem e Minerva. Outra possibilidade é a constituição de novas operações de renda fixa. A Geração lançou o primeiro fundo deste tipo em outubro de 2007, com taxa de administração de 0,6%, que desde então já acumula 600 clientes e R$ 220 milhões em recursos.

O banco foi fundado com capital de R$ 20 milhões, originários da vendas de títulos da corretora na abertura de capital da Bovespa. "A criação do banco é um upgrade institucional", diz Salaverry. Ele acredita que o novo modelo dá mais segurança para os clientes, que só neste ano passaram de 50 mil para 57 mil. No fim de 2003 o número era de 1,9 mil e o patrimônio administrado limitava-se a R$ 400 milhões. Desde 2000 a Geração Futuro oferece opções de investimentos mínimos de R$ 100.

Para 2008 Salaverry projeta valorização de 25% a 30% no patrimônio dos fundos de renda variável do banco, compostos por ações de empresas como Petrobras, Gerdau, Vale do Rio Doce, Votorantim Celulose e Papel, Randon, Usiminas, CSN, Forjas Taurus e CPFL Energia. Segundo o executivo, desde o início do ano a valorização atingiu 10%. O patrimônio administrado pelo banco está engordando graças às captações de R$ 45 milhões desde janeiro.

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