Peru recebe grau de investimento da agência Fitch.

quarta-feira, 2 de abril de 2008 Leave a Comment

Peru chegou ao chamado 'investment grade' antes do Brasil. Avaliação de agência é que país fez a 'lição de casa' ao arrumar suas contas.
A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou nesta quarta-feira (2) a nota de crédito (rating) da dívida soberana do Peru em moeda estrangeira de BB+ para BBB-. Com esta elevação, o país andino entra no grupo considerado de baixo risco de inadimplência, chamado de grau de investimento ("investment grade").

Com o mesmo rating do Peru até então, o Brasil também aguarda a melhora de sua avaliação pelas agências internacionais para ganhar o selo de bom pagador. Ao entrar na categoria "investment grade", o país passa a integrar a pauta de grandes investidores institucionais mundiais que têm restrições para aplicação em ativos considerados arriscados.
Melhores condições
A elevação da nota reconhece a forte melhora nos índices de solvência fiscal e das contas externas do Peru, que agora demonstram ser uma contrapartida suficiente para as fraquezas do país em termos de crédito: pauta concentrada de exportações, riscos políticos e sociais, disse a agência.
De acordo com Theresa Paiz Fredel, diretora sênior para ratings soberanos da agência, a melhora das contas públicas e do ajuste externo nas contas do Peru superaram as expectativas e justificaram a elevação antecipada da nota de crédito do país.
Como resultado, segundo ela, a maioria dos indicadores do país é hoje superior à média dos países na escala inferior do grupo já classificado como grau de investimento. A nota BBB- é a mais baixa desta categoria, enquanto a mais alta é AAA.
Dívida
De acordo com o comunicado, a alta no preço das commodities e uma política pública positiva contribuíram para que a relação da dívida pública em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país chegasse em 28%, em linha com outros países classificados como BBB.

"A administração do presidente Alan Garcia resistiu às pressões por aumento do gasto público e aproveitou o vento favorável das commodities para investir em infra-estrutura, amortizar a dívida pública e aumentar os ativos", disse Theresa.

Um dos fatores positivos destacados pela Fitch é o fato de o Peru ter acumulado reservas internacionais e ter se tornado credor líquido externo em 2007. Mesmo feito foi atingido pelo Brasil no início deste ano.
Fonte: Valor Online e G1

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