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SP: faturamento do comércio varejista cresce 6,1% em março

segunda-feira, 5 de maio de 2008 Leave a Comment

O comércio da região metropolitana de São Paulo registrou alta de 6,1% nas vendas em março, no contraponto ao mesmo período de 2007, segundo apurou a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio).

No trimestre, o varejo acumula alta de 7,3%. A maior elevação foi no setor de vestuário, tecidos e calçados (18,1%), enquanto a principal queda foi nas lojas de autopeças e acessórios (- 30,4%).

Os dados de março confirmam a expectativa de vendas aquecidas em 2008. As causas desse aumento permanecem as mesmas: crédito em expansão e índices de emprego e de renda registrando recuperação na região, variáveis que impactam decisivamente na confiança do consumidor, elevando a sua propensão ao consumo.

A tendência é que esse cenário no setor prevaleça até o final do primeiro semestre, afirma a entidade.

Resultados Setoriais

Vestuário, tecidos e calçados
O setor completou o vigésimo mês de crescimento consecutivo em seu faturamento real e registrou a maior elevação em vendas, dentre todos os seguimentos pesquisados pela PCCV: 18,1%, em comparação ao mesmo período de 2007. No trimestre, registra incremento de 19,6%.

Mesmo com a entrada da coleção outono-inverno e a pressão dos preços em virtude do maior valor agregado das mercadorias, as vendas foram positivas, devido à valorização do real frente ao dólar, que aumenta a concorrência com produtos importados, fazendo com que os preços nacionais registrem queda. Para abril, a expectativa é de que a atividade aponte leve arrefecimento nas vendas.

Material de construção
As lojas de materiais de construção continuam com o bom desempenho e registraram, em março, alta de 16,6% em relação ao mesmo período de 2007. Entre os fatores que contribuíram para este resultado estão o crédito para habitação, a melhoria de renda dos trabalhadores e o aquecimento direto do mercado imobiliário. No acumulado do ano, o crescimento foi de 19,6%.

Supermercados
O segmento registrou crescimento de 14,1% em relação a março de 2007, o melhor desempenho nos últimos seis anos. No acumulado do ano, apresenta alta de 8,3%.

O resultado é atribuído à recuperação do rendimento real médio do trabalhador e revela a recuperação gradativa do setor supermercadista, que vem ocorrendo desde junho de 2007.

Móveis e decoração
O setor apresentou em março, alta de 13,4% no seu faturamento real em comparação com o mesmo período de 2007. A oferta de crédito e o aumento da renda refletiram nas vendas de novos imóveis em São Paulo, o que, conseqüentemente amplia o consumo de bens para decorar a casa. No trimestre, as lojas de móveis e decoração cresceram 12,5%.

Eletrodomésticos e eletrônicos
Em março, as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos acusaram alta de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, apresentou elevação de 18%. As vendas também foram aquecidas por conta da oferta de crédito, que influencia diretamente no consumo das famílias.

Concessionárias de veículos
As concessionárias de veículos apresentaram em março crescimento de 3,2%, ante o mesmo período de 2007. No trimestre o incremento foi de 10%. O crédito e a notícia da intenção na redução dos prazos de financiamentos, alavancaram as vendas de veículos. A expectativa é que esse comportamento prevaleça inalterado nos próximos meses.

Farmácias e Perfumarias
De acordo com a PCCV, o setor de Farmácias e Perfumarias registrou em março, queda de 1,1% no faturamento real, comparativamente ao mesmo mês de 2007. O resultado negativo é explicado pela forte base de comparação, uma vez que em 2007 o faturamento real apontou alta de 14,5%. Além disso, o setor aponta uma certa elevação de preços. No acumulado do ano a atividade apresenta alta de 1,1%.

Lojas de departamentos
Em março, este grupo registrou queda de 8,5% em seu faturamento, na comparação com o mesmo período de 2007. A retração é resultado da concorrência entre as lojas de departamento e as grandes lojas de outros segmentos, que vendem a mesma gama de produtos.

Assim, os grandes magazines acabam direcionando suas vendas a um público de menor poder aquisitivo, visando preços reduzidos, margens pequenas e facilitando o crédito. No trimestre a atividade tem queda de 11,9%.

Autopeças e acessórios
O segmento apresentou o pior desempenho da PCCV: queda de 30,4% no faturamento de março, em relação ao mesmo período de 2007. Esse comportamento decorreu, principalmente, da oferta de produtos importados, sobretudo chineses, fator que provoca quedas sensíveis nos preços médios, em razão dos custos menores e da valorização do Real.

O maior volume das vendas de veículos novos também contribui, no curto prazo, para a redução dos gastos com trocas de peças e manutenção. No acumulado do ano, apresenta queda de 28,5%.

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