Petrobras: Merrill Lynch reduz preço-alvo, mas reitera perspectiva positiva
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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SÃO PAULO - Os reflexos da crise financeira norte-americana, que vêm derrubando as bolsas ao redor do mundo, foram apontados como principal fator para a Merrill Lynch reduzir seus preços-alvo para os papéis das principais petrolíferas da América Latina, entre elas a Petrobras (PETR3, PETR4).
Os analistas do banco acreditam que o forte aumento da aversão global ao risco nos últimos dias diminuiu de forma considerável o potencial de valorização dos ativos do setor, embora as perspectivas - ao menos para a companhia brasileira - permaneçam favoráveis.
Upside cai, mas perspectivas seguem favoráveis
Os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras tiveram seu target para os próximos doze meses reduzido de US$ 92,00 para US$ 75,00 pela Merrill Lynch. Com a alteração, o potencial de valorização do papel cai de 103% para 66%, baseado na cotação do fechamento desta quarta-feira (24).
A despeito da nova projeção, a instituição ressalta o forte potencial de exploração de novas reservas e as expectativas de crescimento da produção da estatal para continuar apontando suas ações como uma das melhores opções de investimento no setor petrolífero latino-americano.
Neste sentido, a equipe do banco destaca dois eventos que devem reduzir as incertezas e enfatizar as boas perspectivas para a Petrobras: a definição das possíveis mudanças regulatórias nas concessões do pré-sal e o anúncio de seu novo plano estratégico.
Catalisadores para os papéis
Os analistas lembraram que o relatório da comissão que está trabalhando em um novo marco regulatório para a exploração da commodity no Brasil deverá ser entregue ao presidente Lula no próximo dia 5. Para eles, se as alterações se limitarem somente às concessões já existentes, a resposta do mercado será positiva.
Já com relação ao anúncio da estratégia, a Merrill Lynch espera que a Petrobras mostre um planejamento voltado para um prazo mais longo, de no mínimo 10 anos, focado principalmente no potencial de produção da região do pré-sal e no aumento de seu capex (capital utilizado para adquirir ou melhorar os bens físicos).
Assim como nos últimos anos, a instituição espera uma evolução nos investimentos programados pela estatal. Contudo, acredita que, graças à inclusão dos gastos com a exploração das novas reservas, este aumento pode ser relativamente alto, podendo chegar até US$ 180 bilhões nos próximos cinco anos.
OGX também é alvo do relatório
Outra empresa que teve seu preço-alvo reduzido pela Merrill Lynch foi a OGX Petróleo (OGXP3). O target para as ações passou de R$ 825,00 para R$ 720,00 nos próximos doze meses - potencial de valorização de 73%.
No entanto, a exemplo da Petrobras, os analistas destacaram que os bons fundamentos da companhia permanecem inalterados. O otimismo se baseia especialmente nos progressos feitos pela OGX para iniciar a perfuração em suas concessões já no próximo ano.
Os analistas do banco acreditam que o forte aumento da aversão global ao risco nos últimos dias diminuiu de forma considerável o potencial de valorização dos ativos do setor, embora as perspectivas - ao menos para a companhia brasileira - permaneçam favoráveis.
Upside cai, mas perspectivas seguem favoráveis
Os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras tiveram seu target para os próximos doze meses reduzido de US$ 92,00 para US$ 75,00 pela Merrill Lynch. Com a alteração, o potencial de valorização do papel cai de 103% para 66%, baseado na cotação do fechamento desta quarta-feira (24).
A despeito da nova projeção, a instituição ressalta o forte potencial de exploração de novas reservas e as expectativas de crescimento da produção da estatal para continuar apontando suas ações como uma das melhores opções de investimento no setor petrolífero latino-americano.
Neste sentido, a equipe do banco destaca dois eventos que devem reduzir as incertezas e enfatizar as boas perspectivas para a Petrobras: a definição das possíveis mudanças regulatórias nas concessões do pré-sal e o anúncio de seu novo plano estratégico.
Catalisadores para os papéis
Os analistas lembraram que o relatório da comissão que está trabalhando em um novo marco regulatório para a exploração da commodity no Brasil deverá ser entregue ao presidente Lula no próximo dia 5. Para eles, se as alterações se limitarem somente às concessões já existentes, a resposta do mercado será positiva.
Já com relação ao anúncio da estratégia, a Merrill Lynch espera que a Petrobras mostre um planejamento voltado para um prazo mais longo, de no mínimo 10 anos, focado principalmente no potencial de produção da região do pré-sal e no aumento de seu capex (capital utilizado para adquirir ou melhorar os bens físicos).
Assim como nos últimos anos, a instituição espera uma evolução nos investimentos programados pela estatal. Contudo, acredita que, graças à inclusão dos gastos com a exploração das novas reservas, este aumento pode ser relativamente alto, podendo chegar até US$ 180 bilhões nos próximos cinco anos.
OGX também é alvo do relatório
Outra empresa que teve seu preço-alvo reduzido pela Merrill Lynch foi a OGX Petróleo (OGXP3). O target para as ações passou de R$ 825,00 para R$ 720,00 nos próximos doze meses - potencial de valorização de 73%.
No entanto, a exemplo da Petrobras, os analistas destacaram que os bons fundamentos da companhia permanecem inalterados. O otimismo se baseia especialmente nos progressos feitos pela OGX para iniciar a perfuração em suas concessões já no próximo ano.
Por: Gabriel Ignatti Casonato
InfoMoney
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